CAPS de Mondaí realiza I Conferência Regional de Saúde Mental

Na última quarta-feira dia 20 de maio, para comemorar a Semana de Luta Antimanicomial, o CAPS de Mondaí realizou a I Conferência Regional de Saúde Mental, com apresentação das diretrizes para o cuidado em Saúde Mental, Álcool e outras drogas no Estado de Santa Catarina. O público alvo deste evento foi profissionais da área da saúde dos 30 municípios que compõe a CIR e outros municípios vizinhos.

Segundo a Coordenadora do CAPS, Psicóloga Andréia Yess Heberlle,  o eventou contou com a participação de pelo menos 170 profissionais da saúde e teve como objetivo mostrar o trabalho que o CAPS realiza e para tanto contou com apresentações dos usuários e a equipe. “Consideremos o evento de grande importância por abordar temas que exigem muito cuidado, atenção e conhecimento para os atendimentos”, comenta Andréia.

Ainda segundo Andréia foi abordado, pelas diretrizes, o Cuidado em Saúde Mental Álcool e outras Drogas no Estado de Santa Catarina, com a apresentação da Sra. Marly Denise Wurges de Aquino Coordenadora Estadual de Saúde Mental de Florianópolis. Dando sequência aos trabalhos foi discutido o tema Emergências Psiquiátricas (tipos de internações, intervenções e manejo) com o médico psiquiatra Dr. João Eduardo Schacker.

O movimento tem como meta a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento e formas de atenção dignas e diversificadas de modo a atender às diferentes formas e momentos em que o sofrimento mental surge e se manifesta. Esta substituição implica na implantação de uma ampla rede de atenção em saúde mental que deve ser aberta e competente para oferecer atendimento aos problemas de saúde mental da população de todas as faixas etárias e apoio às famílias, promovendo autonomia, descronificação e desinstitucionalização. Além dos serviços de saúde, esta rede de atenção deve se articular a serviços das áreas de ação social, cidadania, cultura, educação, trabalho e renda, etc., além de incluir as ações e recursos diversos da sociedade.

Em 1987 estabeleceu-se o lema do movimento: “Por uma sociedade sem manicômios”, e o 18 de maio foi definido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data comemorada desde então em todo o país.

O Movimento da Luta Antimanicomial teve seu início marcado em 1987, em continuidade a ações de luta política na área da saúde pública no Brasil por parte de profissionais de saúde que contribuíram na própria constituição do SUS. Naquele ano a discussão sobre a possibilidade de uma intervenção social para o problema da saúde mental, especificamente, dos absurdos que aconteciam nos manicômios ganhou relevância, permitindo o surgimento específico deste movimento. Desde então, a participação paritária de usuários de serviços e seus familiares se tornou característica deste movimento.

Caracteriza-se pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

Fonte: Assessoria de Imprensa