Administração Municipal De Mondaí É Contra A Construção Da Barragem De Itapiranga.
A Administração Municipal de Mondaí, através da pessoa do Prefeito Municipal de Mondaí, Lenoir da Rocha, do Vice-Prefeito Valdir Albino Mallmann, juntamente com os Secretários de Administração e Fazenda, Matheus Backendorf, Planejamento Economia e Gestão, Marcos Dischkaln, Secretário de Obras e Serviços Públicos, Juvenil de Souza, e Secretário Da Agricultura, André Sott, realizaram um importante encontro reunindo diversos Prefeitos e Secretários da região, cujos Municípios seriam atingidos caso viesse a ser construída a Barragem de Itapiranga. O local do encontro foi a sala de reuniões situada junto a Prefeitura Municipal de Mondaí, tendo inicio pela parte da manha e se estendendo até por volta das 16 horas. Lenoir, destaca que na oportunidade, estiveram representados os Municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Pinheirinho do Vale – RS, alem de representantes do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens e o Padre Vigário da Paróquia Nª Sª dos Navegantes, De Mondaí, Sr. Anselmo Spies.O Prefeito Municipal do Nosso Município, tomou a iniciativa de convocar o debate, uma vez que mesmo com os municípios contra o empreendimento, a realização do mesmo já vem sendo amplamente divulgado como certo, inclusive pela própria Eletrosul, o que lhe causou uma preocupação ainda maior, pois serão grandes os prejuízos sócio-ambientais e culturais, tendo inclusive impetrado ação judicial junto à Procuradoria Geral da República através do Ministério Público Federal, denunciando os prejuízos que uma provável barragem viria a causar não só para Mondaí, mas para toda a região Extremo Oeste Catarinense. “Há muito tempo viemos trabalhando nessa questão, com diversas audiências junto a autoridades da área governamental e parlamentares (…) e nossos pedidos com relação a não construção da barragem não vêm sendo ouvidos da maneira que a gente gostaria que fosse então nós tomamos a decisão de tentar impedir essa obra via judicial”, declarou o Prefeito Mondaiense.O principal assunto discutido na ocasião justamente foi tratar da questão judicial junto ao Ministério Público, que visa impedir que seja dada a continuidade aos estudos e que sejam suspensos todos trabalho de levantamento, para que não se consiga a licença ambiental para a obra, “estivemos reunidos com os prefeitos, para que se unam a nós nessa denúncia, que eles também protocolem um pedido a fazer parte deste processo, juntando forças, porque além de Mondaí, se todos os outros municípios participarem nesse inquérito que foi aberto pela procuradoria com certeza nós teremos mais força, e talvez assim se consiga sensibilizar as nossas autoridades com relação a esses graves problemas que teremos pela frente na hipótese da construção dessa barragem”, complementou Lenoir. O Prefeito de Mondaí,reforça, que é preciso impedir a obra para que depois não se tenha que lutar para minimizar os incalculáveis estragos a exemplo do que vem ocorrendo em outros municípios cuja obra está em construção. As principais desvantagens para Mondaí, Lenoir cita o prejuízo sócio-ambiental, como o desalojamento das famílias tradicionais de Linha Catres, que iria desaparecer totalmente, a comunidade de Linha Ervas, parte da comunidade de Taipas, Bonito e Mondaizinho. “São todos agricultores que vem morando nas suas terras e que lá desejariam continuar trabalhando o criando seus filhos, então esse prejuízo social, a questão cultural, os nossos Clubes, as nossas Igrejas, isso aí tudo vai água abaixo, então esse é uma aspecto que temos que tentar preservar. Temos também a questão econômica, a barragem hoje pelos cálculos que nós temos, ela vai render pra nós, se construída, um milhão e 100 mil reais por ano de royalties, mas em compensação nós vamos ter um prejuízo de 14 milhões no movimento econômico dessa região, são as propriedades que vão sumir, são aviários, chiqueirões, terras de agricultura, diagnosticando um prejuízo econômico muito grande. Mas a nossa maior preocupação é o prejuízo social, são as pessoas que serão desalojadas, as nossas comunidades vão desaparecer, com isso nós não concordamos, também temos o prejuízo ambiental, quem é que garante que depois da barragem nós vamos enxergar o sol aqui em Mondaí, já temos o efeito de outras barragens em nossa região, que cada vez mais municípios vem sendo encobertos pela neblina e aqui nós já temos esse problema, com a barragem com certeza ele vai aumentar ainda mais. Sem contar que, hoje a população de Mondaí, utiliza para o consumo diário, a água do Rio Uruguai assim como outras várias comunidades, sendo que após a idealização desta obra, teremos a formação de um lago, com água parada, e com o tempo isso irá acumur um lodo em seu fundo e isso com certeza vai contaminar nossa água para consumo”, finalizou Lenoir da Rocha.
Fonte: Assessoria De Comunicação.