Dia 18 de maio Dia Mundial da Luta Antimanicomial no CAPS de Mondaí

 No final dos anos de 1970, o movimento de luta pela saúde mental no Brasil tomou força e ganhou visibilidade, mas após muita luta de trabalhadores, usuários e familiares de usuários, com denuncias, conferências, pesquisas, congressos e mobilizações junto ao poder publico e setores da sociedade, ganhou visibilidade no inicio desse século, onde em 2001 a Lei nº  10.216 de 6 de abril de 2001, da Reforma Psiquiátrica, foi aprovada.

Desde o dia 18 de maio de 1987 é comemorado então nacionalmente a luta contra os manicômios, onde se deu inicio a revolução nos serviços psiquiátricos, com a reformulação do modelo de atenção a saúde mental, passando a enfatizar a importância do convívio familiar e social entre os usuários com transtornos mentais e não mais o isolamento.

Em Mondaí o Dia Mundial da Luta Antimanicomial, será lembrado através de uma passeata pelas ruas de Mondaí, Iporã do Oeste e São João do Oeste, promovida pelo Centro de Atenção Psicossocial CAPS I de  Mondaí que contará com usuários, equipe e profissionais da saúde, é um dia de conscientização sobre a exclusão do portador de sofrimento mental ,de combate ao preconceito e discriminação que por longos anos condenou essas pessoas ao espaço fechado dos manicômios.  Além de ser um dia de luta pelos direitos e pela cidadania dos portadores de doença mental é também um dia de comemorações pelos avanços conquistados, como a criação de serviços substitutivos, como os Centros de Atenção Psicossocial ( CAPS), onde não são violados os direitos básicos como os de ir e vier , do convívio familiar, comunitário, da individualidade, de exercer a cidadania e de serem tratados com todo o respeito necessário como qualquer pessoa.

Conforme a Enfermeira Débora Riese o mercado precisa se atentar para isto e ampliar a produção para cultura da vida, da saúde. A sociedade precisa parar para entender verdadeiramente o que se passa com ela, deixar de ser alienada. “Não queremos segregação, intolerância. Precisamos de uma sociedade que tenha mais tempo para saúde, trabalho dignificante, relações sadias. Queremos uma sociedade que respeite diferenças, individualidades, que inclusive a tolerância com limites e opções pessoais. Que estimule o protagonismo e a promoção social, o autoconhecimento, a auto-realização, a construção de um mundo melhor, justo e solidário,” comenta Débora. 

 

 Fonte: Assessoria de Imprensa